"Ainda que fôssemos surdos e mudos como uma pedra, a nossa própria passividade seria uma forma de ação" Jean-Paul Sartre
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Manifesto de um Amigo de Sampa
Para que o mundo precisava de um Peter Pan na era Pop? Para que ter um mundo que se recusa a crescer, a amadurecer, se pode continuar numa infância eterna, sem preocupações e responsabilidades? Oras...tudo é efêmero mesmo...nada perdura, sobretudo os problemas....que fazemos questão de jogar para debaixo do tapete.
Para que o mundo precisava de mais um ícone de racismo? Para que ter exemplos de um negro que recusa sua própria condição racial, se temos os ensinamentos do Nobel da Paz Mandela?
Para que o mundo precisava de um “devorador de criançinhas”, se temos os comunistas que apregoam a igualdade social?
Para que tudo isso, se temos os olhos da mídia, que tudo vê? Nada passa desapercebido por essa “tela da vida em gerúndio”.....A vida está sempre ACONTECENDO, como num retrato fotográfico que enquadra a cena e repetidas vezes conta sua própria história.
O que as pessoas não enxergam é o entorno da imagem.....aquilo que não aparece na foto....aquilo que não está nos fatos e versões.
O que ninguém viu é a Rapunzel, encastelada no palácio de ouro, em meio a pratos (de porcelana chinesa) frios, com um cardápio de tormenta, servidos pelo gerundismo e sensacionalismo midiático.
O que ninguém viu é a Rapunzel que mostrou o talento negro, a sensibilidade, o poder de se transformar e ser melhor.
O ninguém viu é o grito da Rapunzel ao mundo, que clamava por libertação, entoado em notas musicais afinadas, com as mais belas melodias, coreografado em danças, movimentos e gestos que ninguém se esquece.
O que ninguém viu é a Rapunzel que extrapolou o gerundismo e o efêmero....
A tormenta do mundo é muito maior agora do que a própria existência de Michael Jackson!
(Thiago Nassa)
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