sexta-feira, 19 de abril de 2013

Abantesma da sombra


           

Ó meu prazer um quarto escuro quiçá

Pois seu deleite e seu apetecer pela luz me ofusca o viver

Queres sair pro mundo, olhar pra tudo, se conhecer
Eu quero escapar, largar de tudo e me perder

Você quer ousar, zombar do absurdo e se atirar
Há eu quero me poupar, me volver e me entranhar  
Quem sabe arrefecer o calor do fogo sem me queimar

São tantas mascaras que aspiro ao cair
Subo num palco de vidro onde o teto é espelho de mim

Vozes gritando a minha volta, me recuando a terra de puerícia...
Ali habita o medo; que aborda, entrega e me fustiga tão cedo que me entrego por fim.

LERA,D.H.B